Seguindo a liderança da Europa, municípios do Norte voltam ao topo da tabela
Mais uma semana, mais uma semana onde a Europa atinge valores não vistos deste os tempos dos picos de Espanha e Itália. Mais concretamente, o nível de propagação neste momento é praticamente o triplo daquela que ocorreu em Julho.
No entanto, ao contrário dos meses trágicos de Abril e Maio, onde a pandemia grassava em países específicos, nomeadamente Espanha, Itália e Reino Unido, está agora completamente disseminada em toda a Europa. De Portugal à Roménia, só para falar de países da União Europeia, a pandemia está agora em alta em todos os países europeus, a diferença está no grau.
Para dar uma ideia da gravidade da situação, países como Espanha, França, Holanda, Bélgica (o país europeu com maior número de fatalidades per capita), Irlanda ou Itália, apresentam agora os valores mais elevados dos últimos 5 meses. Ainda mais significativo é a lista de países que estão a atingir os valores mais elevados de sempre, como a República Checa, Áustria, Croácia, Bósnia, e a Dinamarca, só para mencionar alguns.
Portugal parece ter aprendendo alguma coisa com a primeira vaga da pandemia, ao contrário da Espanha, que é representada pela primeira linha do gráfico acima. Apesar dos números das infecções em Portugal terem subido nas semanas mais recentes, A taxa de infeção tem-se mantido significativamente a abaixo da média Europeia, quer em número de casos, quer no número de países que excedem os valores portugueses.
Podemos, no entanto olhar para os números de Portugal com maior detalhe.
A subida dos números de novas infeções em Portugal ocorre pela terceira semana consecutiva, e em praticamente todas as regiões do país ainda que liderado pelas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Norte. A subida das infeções nas restantes regiões é menos significativa, mas continua a ocorrer.
Aquilo que distingue a propagação da pandemia na região Norte da região de Lisboa e Vale do Tejo prende-se com a natureza da própria propagação. Está ocorrre maioritariamente em focos bem definidos na região Norte, e num continuam de propagação da região de Lisboa e Vale do Tejo.
De facto, são os municípios da região Norte que lideram a tabela de maior número de novos casos per capita, nomeadamente Arouca, Lousada e Póvoa do Varzim. Estes correspondem a surtos bem definidos geograficamente e com cadeias de contágio bem definidos.
Os municípios da região de Lisboa e Vale do Tejo vêem logo a seguir: Amadora, Loures, Sintra e Oeiras. São nestes e noutros municípios da região onde não está a ser possível fazer a contenção da propagação, sendo que estes municípios aparecem semana após semana no topo dias tabelas com maior número de novos infectados.
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