Vendas de veículos ligeiros em Outubro. A Mercedes continua a liderar as vendas dos eléctricos.
Outubro foi um mês calmo, onde não ser operaram grandes novidades. Foi como se o ano tivesse um resumo, e tivesse resultado em Outubro.
Então vamos ver até que ponto a alegoria se verifica.
Em Outubro foram vendidos 14.400 veículos ligeiros, ligeiramente abaixo a média de 14.500 unidades vendidas nos restantes meses do ano. As motorizações a gasolina voltaram a liderar as vendas, desta vez com 4800 unidades. Aqui sim, abaixo das 5200 unidades da média dos restantes meses. Já as motorizações a gasóleo atingiram as 3900 unidades, também muito próximos dos 4100 unidades da média do ano. De notar que as vendas dos veículos a gasóleo têm variado entre as 3400 unidades e as 4700 unidades desde Janeiro até Outubro.
A partir daqui as diferenças foram um pouco mais substanciais.
Os veículos híbridos mostram uma direcção muito consistente e definida, e embora tenham sofrido uma ligeira descida em Outubro, trata-se ainda assim do 4ª melhor mês do ano, e o 5ª desde que há registos desta motorização
Nas novas tecnologias há uns valores curiosos. Em primeiro lugar os veículos HPEV sofreram uma ligeira subida face a Setembro, para o valor mais alto de sempre, para as 1370 unidades, uma subida substancial face aos 1160 da média do ano. Já nos veículos puramente eléctricos, este sofreram uma descida substancial face a Setembro, de mais de 25%, mas ainda assim, as 1500 unidades ficaram acima dos 1420 unidades da média do ano.
Ora, se a totalidade do mercado não sofreu alterações significativas, os valores de vendas devem-se fazer sentir linearmente nas quotas de mercado.
Assim sendo, as motorizações a gasolina voltaram aos valores mais comuns, de 33% um valor só ligeiramente abaixo dos 36% do ano passado. Já os veículos a gasóleo ficaram exatamente em linha com os valores médios dos últimos 10 meses, em torno dos 27%. É aqui que se nota a diferença com o ano passado, onde atingiu os 35%.
Já as restantes motorizações não sofreram alterações significativa de quota de mercado face à média do ano, tendo ficado todos a menos de 2% desse valor.
Se em Outubro não se registaram alterações significativas, isso também significa que as tendências globais também se mantiveram. De facto, é interessante observar de forma clara quais são essas tendências.
Se temos observado vendas relativamente elevadas das motorizações a gasolina, tal não significa que estas tenham subido. Muito pelo contrário. Se existe uma tendência associada às motorizações a gasolina, esta é de estabilização, como se pode aferir pela horizontalidade do gráfico abaixo.
Já, do lado dos diesels, a tendência não é particularmente inesperada, e a descida é consistente e inexorável, estando agora consistentemente abaixo dos 30% de quota de mercado. Este valor é particularmente importante se considerarmos o ponto de partida que estava nos 44%.
Se olharmos para a tendência das novas motorizações, são visíveis vários momentos. Se em 2021, os híbridos mostram um crescimento muito rápido, vendas acima dos eléctricos, essa vantagem dissipou-se em 2022. Desde então ambas as motorizações mostram valores muito próximos, a uma taxa de crescimento de cerca de 6% ao ano.
Vendas de veículos eléctricos
A Tesla não fez entregas significativas no mês de Outubro, o que resultou em mais um mês de domínio da Mercedes, com a chegada maciça dos novos modelos ao mercado.
Com pouco mais de metade das vendas da Mercedes encontramos a Peugeot, com 128 unidades. Embora raramente a Peugeot lidera as vendas, está persistentemente perto do topo da tabela de vendas.
Curiosamente, há novidades nas posições seguintes. Na 3ª e 4ª posição encontramos a Open e a Fiat, em ambos os casos resultantes do record absoluto de vendas de ambas as marcas. Considerando que nenhuma destas marcas lançaram novos modelos, verifica-se agora como o atraso das entregas destes veículos começa agora a ser resolvido. No entanto, há mais duas marcas que atingiram máximos absolutos de vendas este mês…
Ainda com mais de 100 unidades vendidas, encontramos a BMW, e logo a seguir outra novidade: a Volvo, com o novo máximo de vendas.
De notar que a última marca a bater o máximo de vendas foi a Jaguar, com 48 unidades.
Embora Outubro não seja um mês de entregas da Tesla, a vantagem que trazia do mês anterior foi suficiente para manter a liderança da tabela global do ano.A vantagem de mais de 200 unidades é tal que mesmo que deixe de vender mais unidades até ao final do ano, ao ritmo de vendas actuais da concorrência, não será possível perder a liderança das vendas de 2022. Só falta ver com que valores finais.
Também ao ritmo actual, é possível que a Peugeot perca a segunda posição para a Mercedes, que actualmente segue em terceiro lugar, face ao grande final de ano que a marca alemã está a ter.
Em quarto lugar, e sem risco de perder essa posição, encontra-se a BMW, com uma muito confortável vantagem para as restantes marcas.
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