Outubro: mais dois máximos: total de veículos eléctricos e plug-in

Fonte: ACAP
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Mais um mês volvido sob o manto da COVID-19, mas como o primeiro ministro diz agora, “o país não pode parar outra vez”, e o mercado automóvel de facto não parou. Outubro foi terceiro melhor mês do ano, logo depois de Fevereiro e Julho, com 16156 veículos ligeiros de passageiros entregues.
Logo aqui, saltam à vista algumas novidades: nunca foram vendidos tantos veículos plug-in, quer na sua totalidade, quer em cada uma das suas versões. Foram vendidos 1433 veículos plug-in, correspondendo a 1215 unidades plug-in com motor a gasolina e 218 plug-in com motor a gasóleo, todos da Mercedes.
Se somarmos as vendas dos PHEVs aos 618 EVs, um valor que fica na média do ano, obtemos 2051 veículos que conseguem ser alimentados por electricidade.

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Considerando que o mês foi no geral positivo, será que as vendas record dos veículos electivos corresponderam à continuação do movimento de electrificação do mercado ?
De facto assim aconteceu. A quota de mercado dos veículos plug-in atingiu o valor record de 8.87%, que somando aos 3.83% dos EVs obtêm-se uma quota global de 12.69%, um valor apenas superado pelo atingido no estranho mês de Abril.
O mês de outubro trouxe no entanto outras novidades. A vendas dos carros a gasolina sofreram uma quebra significativa, valendo agora apenas 33% das vendas, o valor mais baixo desde Abril. Este é aliás um movimento expectável, face à legislação que pune os veículos com maiores emissões de CO2.
Em sentido inverso ao das vendas dos veículos a gasolina, foram as vendas dos veículos híbridos, que também atingiram o valor record, sendo expectável que a vendas destes veículos tenham ocorrido em substituição dos veículos a gasolina. De facto, a grande maioria das marcas automóveis está em plena substituição dos modelos com motores a gasolina, pelos modelos híbridos, que permitem evitar algumas emissões, sem o custo dos veículos plug-in.
De qualquer forma, se somarmos as vendas dos veículos a gasolina à dos híbridos, obtemos 41.72%, o valor mais baixo desde Abril.
Analisando apenas as vendas dos veículos com capacidade de carregamento eléctrico, verifica-se agora um padrão de crescimento constante dos PHEV a gasóleo, e uma grande volatilidade dos EVs. Esta volatilidade é sobretudo devido a forma como a Tesla entrega os seus veículos em lotes grandes, mas espaçados no tempo.
No entanto, a relação de forças entre cada uma destas propulsores não tem sofrido alterações significativas.

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Finalmente temos a distribuição das vendas dos veículos totalmente eléctricos (BEVs). E aqui começam a notar-se algumas novidades, ignorando o facto de que a Tesla entregou zero veículos em Outubro:
- A Renault continua a liderar com o Zoe 5.0
- A Peugeot atingiu em Outubro o segundo lugar, com os modelos e-208 e e-2008
- A Hyundai atingiu o terceiro lugar com os modelos Ionic e Kauai (Kona no resto do mundo)
- A Mazda atingiu o quinto lugar com o MX30, um SUV de autonomia bastante limitada
- A Nissan encontra-se apenas no 6.º lugar, onde a idade do Leaf, o segundo carro eléctrico mais vendido do mundo, o torna cada menos competitivo.
- Em sétimo lugar aparece a Volkswagen, com os modelos e-golf e ID.3.
E por este mês é tudo.
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